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Alcoolismo cresce muito entre menores




Esta semana em que a organização Alcoólicos Anônimos (AA) celebra 75 anos de existência em todo o mundo, ainda há muito que avançar no combate ao alcoolismo.

Segundo dados da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), cerca de 16% da população menor de 18 anos abusa da bebida. “É nesta idade que começa a carreira, não depois de adulto”, disse Ana Cecília Marques, psiquiatra e membro do conselho consultivo da Abead.

De acordo com a pesquisa do padrão de uso de álcool em brasileiros adultos, de 2006, 11% dos homens e 4% das mulheres são dependentes de álcool no país. Uma nova edição da pesquisa deve ser iniciada este ano.

Mas segundo os especialistas, a tendência é que o resultado aponte para uma elevação no número de mulheres viciadas. “Até algum tempo atrás, não era comum na sociedade a mulher beber. Hoje isso já é aceitável”, disse José Manoel Bertolote, professor do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp). “O mesmo ocorre com as doenças relativas ao cigarro”, alertou.

Já se sabe que há uma predisposição genética para o vício em bebida alcoólica. “Se o homem é alcoólatra, a chance do filho dele também ser é muito grande”, explicou o professor.

Mesmo assim, não significa que quem tenha predisposição será dependente. “Uma pessoa normal só se torna dependente após 10 anos bebendo. Mas quem tem predisposição fica viciado em dois”, disse o médico.

A psiquiatra Ana Cecília ressalta, porém, que existe uma série de fatores que determinam se a pessoa será ou não viciada. “A dependência em alguma droga é um fator complexo. Nunca há uma causa única”, disse.

Pressão para o vício
Entre os motivos que levam ao vício estão a conivência dos familiares, o exemplo dentro de casa e a pressão social. “O adolescente bebe por curiosidade. Se os amigos dele estão bebendo ele vai beber também”, contou. A publicidade livre e o preço também propiciam o consumo. “Uma lata de cerveja custa menos que uma caixa de leite”, disse a psiquiatra da Abead.

O tratamento é se afastar da bebida. “É como o diabetes: você pode até controlar, mas não quer dizer que está livre da doença”, disse Sílvio Magalhães, coordenador dos Alcoólicos Anônimos. Ele diz que é preciso mudar radicalmente hábitos para que o vício não volte. “Até o caminho que a pessoa fazia, a gente aconselha a mudar. Se não, ela lembra que bebia quando passava em determinado lugar, por exemplo”, disse o coordenador.

Identificação
Os Alcoólicos Anônimos (AA) nasceram no estado de Ohio, EUA. Após ser internado pela dependência na bebida, um corretor norte-americano da bolsa ouviu de um médico que deveria conversar com as pessoas que sofressem do mesmo problema que ele. Foi dessa forma que o corretor encontrou um cirurgião alcoólatra e os dois conversaram durante seis horas sobre o vício em comum. No final, eles viram que mesmo falando sobre álcool, não sentiam vontade de beber.

“Só tem alcoólatra no AA. Todo mundo sofre do mesmo problema. É essa identificação na história do outro que ajuda a pessoa a parar”, explicou Sílvio Magalhães, um dos coordenador do grupo.

O AA está em 150 países. Na grande São Paulo, são 207 grupos. As reuniões são gratuitas e não é preciso fornecer nenhum dado para participar da sessão.

Para saber qual o grupo mais próximo, basta ligar para (11) 3315-9333. este número, que possui atendimento 24 horas, também são passadas informações aos familiares ou pessoas próximas aos alcoólatras. “Nós explicamos como ela deve se dirigir ao alcoólatra”, contou Sílvio Magalhães.

Como funciona a ajuda

Conversas
Nas reuniões do AA, o alcoólatra escuta os depoimentos dos outros dependentes de bebida e conta suas próprias histórias

Duração
Cada reunião leva duas horas, com uma pausa para café

Custo
Os encontros são gratuitos

Frequência
Cada grupo estipula um frequência semanal, que pode ser uma vez ou diariamente

Resultado
O controle do vício é feito conforme o dependente escuta os relatos alheios

Contato
Mais informações pelo telefone (11) 3315-9333

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