Frequentadores da Cracolândia demonstraram o desejo de parar com o uso das drogas, segundo uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgada nesta última terça-feira (10). Foram entrevistados 170 dependentes de crack, dentre eles 62,3% gostariam de se livrar das drogas.
Além disso, 47% dos participantes revelaram que se submeteriam a um tratamento da dependência química. Segundo Marcelo Ribeiro, psiquiatra e um dos coordenadores da pesquisa, os dados foram muito relevantes: “Eles apontam que existe uma vontade do dependente de interromper o uso”.
Uma parte menor dos entrevistados (18,8%) declarou que gostaria de se submeter a um tratamento que permitisse apenas diminuir o consumo, e 18,9% não desejam interromper ou diminuir o consumo da drogas.
De acordo com o levantamento, 51% dos usuários disseram acreditar que conseguiriam parar de consumir crack sem internação, enquanto 34% manifestaram que aceitariam que o tratamento da dependência da droga envolvesse, ocasionalmente, uma internação involuntária.
“Isso mostra que, em parte, o usuário reconhece que fica refém da doença a ponto de só conseguir se curar se houver uma intervenção mais incisiva, mesmo que à revelia. Apesar de a maioria dos usuários não concordar com a internação compulsória”, apontou o psiquiatra.
informações da Agência Brasil
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