Cresceu mais de 60% o número dependentes químicos que deram entrada no auxílio saúde no INSS. O benefício é concedido para quem busca uma clínica de recuperação para se livrar da dependência.
Na região de Rio Preto, em 2010 foram concedidos 575 benefícios e em 2011, 784. O gerente executivo do INSS, Eduardo Sadao, explica que as exigências para o pagamento para dependentes são as mesmas do auxílio doença comum.
Para especialistas, a dependência química é considerada uma doença e assim como qualquer outra precisa ser tratada. Mas a preocupação é saber se esse dinheiro realmente está sendo investido no tratamento do dependente.
Quem vê Lindomar Lopes da Silva, de 29 anos, forte e risonho nem imagina o que ele já passou. Dependente de crack, ele perdeu o emprego, a mulher e foi viver nas ruas de Rio Preto. A família que já tinha tentado de tudo não desistiu e conseguiu uma vaga numa clínica de reabilitação.
O benefício é concedido para quem busca uma clínica de recuperação para se livrar da dependência.
Hoje, oito meses depois, ele se considera um novo homem. Para manter otratamento, Lindomar recorreu ao auxílio doença. Como já tinha trabalhado e contribuído por mais de cinco anos com a previdência social, ele teve direito ao benefício. Por mês ele, recebe cerca de R$ 700 e usa parte do dinheiro para pagar a clínica, que é particular.
Embora não seja possível saber se o dinheiro realmente vá direto para o tratamento, o beneficiado perde o auxílio se nas próximas perícias ele não conseguir provar que está se cuidando.
Para o cientista social Adalberto Miranda o crescimento do número de auxílios doença para dependentes químicos é o reflexo triste do avanço das drogas nas cidades, mas por outro lado, mostra também o reconhecimento por parte das autoridades de que a dependência química é uma doença e que precisa ser tratada.
Fonte: G1/TV Tem
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